As mulheres e a construção civil

Confira no artigo um cenário da participação das mulheres na construção civil e quais são os desafios destas profissionais.

A construção civil sempre foi considerada uma área predominantemente masculina, com pouca presença do público feminino nos canteiros de obras. Devido a isso, as mulheres na construção civil precisaram conquistar seu espaço em meio a um universo repleto de preconceitos.

Afinal, muitos profissionais do ramo defendiam que o público feminino não seria capaz de desempenhar as atividades que o setor demandava.

Contudo, mesmo frente aos inúmeros desafios, a presença das mulheres nos canteiros de obras é cada vez maior.

Confira hoje um panorama da participação das mulheres na construção civil.

Mulheres na construção civil

O número de mulheres na construção civil aumentou, é o que apontam os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o IBGE, entre 2007 e 2018, o mercado da construção civil para o público feminino apresentou um crescimento de 120%, passando de 109 mil profissionais registradas para 239.242.

Dentre os principais motivos para este aumento, estão a abertura de vagas no setor e a busca por profissionais qualificados. Além disso, os diversos programas de capacitação oferecidos no Brasil garantem uma mão de obra feminina mais qualificada para ocupar as vagas nos canteiros de obras.

Já os contratantes justificam que as mulheres se destacam no ramo por serem mais cuidadosas, precisas e terem mais foco nos detalhes, principalmente em atividades de acabamentos, pintura e arremate.

Outra questão que beneficia a maior presença delas nos canteiros de obras é o avanço da tecnologia, que facilita cada vez mais os processos e reduz a necessidade de força física nas atividades.

Desafios e oportunidades

Apesar de um cenário de crescimento e maior presença das mulheres na área da construção civil, ainda há muito o que ser feito!

Afinal, o público feminino ainda é minoria nos cargos do setor. Segundo dados do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), 13,6% dos registros no órgão são de mulheres, o restante, 86,3% dos registros pertencem ao público masculino.

No mercado da construção, as mulheres se deparam com uma série de barreiras, como a desigualdade de salários, a ausência de oportunidades em cargos de gestão e a falta de um ambiente de trabalho adequado.

Confira um pouco mais:

• Mesmo sendo mais qualificadas do que os homens, as profissionais da construção civil continuam recebendo um salário menor.
• Os cargos de gestão são destinados, em sua maioria, aos homens.
• Segundo o Ministério da Educação (MEC), cerca de 15% das estudantes do curso de engenharia não concluem a graduação devido a motivos como falta de representatividade e preconceito. No entanto, o índice de evasão entre as mulheres ainda é menor do que entre os homens, taxa que atinge 25% dos estudantes.
• Ainda são poucas as empresas que oferecem um local de trabalho adequado para as mulheres, com vestiários e banheiros exclusivos

Com a proximidade do Dia Internacional das Mulheres, que tal levar a temática da participação feminina na construção civil para dentro do canteiro de obras e das construtoras?

Afinal, promover o debate e a conscientização sobre a importância da igualdade de gêneros é papel de todos.

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